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[Serralves] - CARLOS M. OLIVEIRA
Um Lado/Outro, by Carlos M. Oliveira
The Museum as Performance
[Serralves] - CARLOS M. OLIVEIRA

um lado / outro é a terceira iteração da série iniciada em 2017 no ciclo Nova-Velha Dança com do desconcerto, por um lado / da aventura, por outro, e que teve a sua segunda versão em 2021 no ciclo Novas Visualizações para Corpos em Ativação com por um lado / por outro.

Toda a série é uma incursão sobre a relação entre ato e conhecimento, visando aferir as dependências entre um e outro em corpos que aprendem e desaprendem, e confrontar a sua capacidade com a regulação do saber. Um foco recai na formação do conhecimento no ato da sua enunciação; como corpo e contexto, poder e possibilidade, se cruzam para situar o que acontece; ou como, do desconcerto entre memória e ação, o que se sabe perde sentido. Há também a confusão entre o que se sabe de um modo, o que se sabe de outro, e o que não se sabe porque foi esquecido. Razão, intuição, memória e tantas outras faculdades, entrelaçadas em várias sinestesias. Interessa-nos o assombro como condição para aprender, o acaso e a vontade como meios de um saber por vir; como aprendemos na ausência de pedagogias e como isso cria singularidades. Há o inconsciente, de que pouco se sabe, e há o outro, com “O” maiúsculo ou nem tanto. Estranheza e abertura quase para além do reconhecimento, se não o próprio. Em suma, um estudo sobre a própria condição de estudar.

Nove placas retangulares marcam o espaço, que se reconfigura à medida que são movidas em movimentos contínuos de cruzamento e interseção, empurradas, puxadas e tombadas por quem interpreta, que habita as arquiteturas resultantes. A mesma partitura anima as pessoas intérpretes, sem interação entre si ou com o público. Cada qual segue o seu percurso de gestos solipsistas, escolhendo o que fazer dentro de um conjunto de possibilidades predeterminado cujo foco é explorar o toque como relação com o próprio corpo e com o espaço. A concomitância e o desfasamento entre as ações distendem o acontecimento comum no tempo e oferecem a quem assiste o acesso ao mesmo gesto ou ação em momentos diferentes, próximos ou afastados, numa arquitetura temporal repetitiva mas continuamente variante, portanto espiralada.

O acontecimento assenta na relação entre três coreografias emergentes: os objetos, quem interpreta e o público. O contexto de apresentação deve permitir a circulação livre das pessoas pelo espaço, que permanece aberto ao exterior por não menos de 3 horas. Existe uma folha de sala distribuída ao público que inclui poesia concreta escrita especificamente para ser lida por quem assiste ao mesmo tempo que o acontecer decorre. Aqui, quem assiste é testemunha e leitora da paisagem de que faz parte, observada por outras pessoas. Diferentes atmosferas sonoras marcam as diferentes fases da performance, nas quais a linguagem surge em escrita sobre folhas de papel que se sobrepõem aos corpos de quem interpreta e os transfiguram.

Performance, 3h
Direcção artística: Carlos M. Oliveira

Interpretação: Vânia Rovisco, Adriano Vicente, Elizabete Francisca e Ana Trincão

Textos: Andresa Soares

Adereços: Maria Abrantes, Tiago Gandra e David Leitão

Figurinos: Josseline Black e Carlos M. Oliveira

Mistura de som: Carlos M. Oliveira

Produção: Cotão

Coprodução: Fundação de Serralves

Apoios: Associação Parasita, Galeria Foco, ARS-ID, Estudios Victor Cordon, Câmara Municipal de Santarém, Câmara Municipal de Lisboa, Direção Geral das Artes – Governo de Portugal.

19
Oct
2025-10-19T15:30:00Z
2025-10-19T21:00:42Z
Serralves
15:30

+Cal

R. de D. João de Castro, 210

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[Serralves] - CARLOS M. OLIVEIRA

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O Museu como Performance
Performance

um lado / outro é a terceira iteração da série iniciada em 2017 no ciclo Nova-Velha Dança com do desconcerto, por um lado / da aventura, por outro, e que teve a sua segunda versão em 2021 no ciclo Novas Visualizações para Corpos em Ativação com por um lado / por outro.

Toda a série é uma incursão sobre a relação entre ato e conhecimento, visando aferir as dependências entre um e outro em corpos que aprendem e desaprendem, e confrontar a sua capacidade com a regulação do saber. Um foco recai na formação do conhecimento no ato da sua enunciação; como corpo e contexto, poder e possibilidade, se cruzam para situar o que acontece; ou como, do desconcerto entre memória e ação, o que se sabe perde sentido. Há também a confusão entre o que se sabe de um modo, o que se sabe de outro, e o que não se sabe porque foi esquecido. Razão, intuição, memória e tantas outras faculdades, entrelaçadas em várias sinestesias. Interessa-nos o assombro como condição para aprender, o acaso e a vontade como meios de um saber por vir; como aprendemos na ausência de pedagogias e como isso cria singularidades. Há o inconsciente, de que pouco se sabe, e há o outro, com “O” maiúsculo ou nem tanto. Estranheza e abertura quase para além do reconhecimento, se não o próprio. Em suma, um estudo sobre a própria condição de estudar.

Nove placas retangulares marcam o espaço, que se reconfigura à medida que são movidas em movimentos contínuos de cruzamento e interseção, empurradas, puxadas e tombadas por quem interpreta, que habita as arquiteturas resultantes. A mesma partitura anima as pessoas intérpretes, sem interação entre si ou com o público. Cada qual segue o seu percurso de gestos solipsistas, escolhendo o que fazer dentro de um conjunto de possibilidades predeterminado cujo foco é explorar o toque como relação com o próprio corpo e com o espaço. A concomitância e o desfasamento entre as ações distendem o acontecimento comum no tempo e oferecem a quem assiste o acesso ao mesmo gesto ou ação em momentos diferentes, próximos ou afastados, numa arquitetura temporal repetitiva mas continuamente variante, portanto espiralada.

O acontecimento assenta na relação entre três coreografias emergentes: os objetos, quem interpreta e o público. O contexto de apresentação deve permitir a circulação livre das pessoas pelo espaço, que permanece aberto ao exterior por não menos de 3 horas. Existe uma folha de sala distribuída ao público que inclui poesia concreta escrita especificamente para ser lida por quem assiste ao mesmo tempo que o acontecer decorre. Aqui, quem assiste é testemunha e leitora da paisagem de que faz parte, observada por outras pessoas. Diferentes atmosferas sonoras marcam as diferentes fases da performance, nas quais a linguagem surge em escrita sobre folhas de papel que se sobrepõem aos corpos de quem interpreta e os transfiguram.

Performance, 3h
Direcção artística: Carlos M. Oliveira

Interpretação: Vânia Rovisco, Adriano Vicente, Elizabete Francisca e Ana Trincão

Textos: Andresa Soares

Adereços: Maria Abrantes, Tiago Gandra e David Leitão

Figurinos: Josseline Black e Carlos M. Oliveira

Mistura de som: Carlos M. Oliveira

Produção: Cotão

Coprodução: Fundação de Serralves

Apoios: Associação Parasita, Galeria Foco, ARS-ID, Estudios Victor Cordon, Câmara Municipal de Santarém, Câmara Municipal de Lisboa, Direção Geral das Artes – Governo de Portugal.

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