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Hammamturgia gera e capta o fluxo de corpos e coisas no espaço, uma sucessão que não explica nada, mas antes propõe e ativa transformações, um trabalho coreográfico que opera com o espaço e o tempo.
Entendemos “hammamturgia” como a outra parte da dramaturgia. A dramaturgia seria a ação de criar, compor e realizar uma peça. “Hammamturgia”, por sua vez, refere-se a uma relação com as condições de atmosfera que produzem a transformação da forma/obra: estar dentro, atravessar, ser aquilo que nos move e que não vemos. Se a dramaturgia se relaciona com a narração e, consequentemente, lhe é atribuído um autor ou autora, a “hammamturgia” liga-se ao acontecer e não necessitaria de alguém que prescreva ações. Por isso dizemos que “hammamturgia” é o que acontece — ou o que provoca a mudança. O espaço constrói-se e transforma-se durante a ação, à vista de quem assiste.
Este espaço é, nada mais, do que um ambiente partilhado. Um ambiente onde não se distingue fora e dentro. É apenas uma membrana, na qual respiramos e vivemos, pelo menos durante este tempo, em conjunto. Questionamos a ideia de que se pode estar “fora”, enquanto observador neutro. Estamos sempre num ambiente partilhado: somos o ambiente; o ambiente também somos nós.
De certa forma, quem cria faz a casa a partir de dentro, transformando, pouco a pouco, gentilmente, o lugar onde chegámos — e a que chamamos teatro — noutro lugar. Transformamo-lo e tornamos visível essa transformação. Não se trata de construir um ambiente do princípio ao fim, mas de fazer algo com as condições que o constituem.
*Aviso: Inclui a utilização de luz intermitente.
Performance, 55’
Dramaturgia: Tomàs Aragay e Sofia Asencio
Direção cénica: Tomàs Aragay
Criação e interpretação: Sofia Asencio, Beatriz Lobo, Ana Cortés, Kidows Kim
Assessoria de espaço cénico: Cube.bz e Serrucho
Desenho de iluminação: Cube.bz
Espaço sonoro: Maties Palau
Figurinos: Jorge Dutor
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Hammamturgia gera e capta o fluxo de corpos e coisas no espaço, uma sucessão que não explica nada, mas antes propõe e ativa transformações, um trabalho coreográfico que opera com o espaço e o tempo.
Entendemos “hammamturgia” como a outra parte da dramaturgia. A dramaturgia seria a ação de criar, compor e realizar uma peça. “Hammamturgia”, por sua vez, refere-se a uma relação com as condições de atmosfera que produzem a transformação da forma/obra: estar dentro, atravessar, ser aquilo que nos move e que não vemos. Se a dramaturgia se relaciona com a narração e, consequentemente, lhe é atribuído um autor ou autora, a “hammamturgia” liga-se ao acontecer e não necessitaria de alguém que prescreva ações. Por isso dizemos que “hammamturgia” é o que acontece — ou o que provoca a mudança. O espaço constrói-se e transforma-se durante a ação, à vista de quem assiste.
Este espaço é, nada mais, do que um ambiente partilhado. Um ambiente onde não se distingue fora e dentro. É apenas uma membrana, na qual respiramos e vivemos, pelo menos durante este tempo, em conjunto. Questionamos a ideia de que se pode estar “fora”, enquanto observador neutro. Estamos sempre num ambiente partilhado: somos o ambiente; o ambiente também somos nós.
De certa forma, quem cria faz a casa a partir de dentro, transformando, pouco a pouco, gentilmente, o lugar onde chegámos — e a que chamamos teatro — noutro lugar. Transformamo-lo e tornamos visível essa transformação. Não se trata de construir um ambiente do princípio ao fim, mas de fazer algo com as condições que o constituem.
*Aviso: Inclui a utilização de luz intermitente.
Performance, 55’
Dramaturgia: Tomàs Aragay e Sofia Asencio
Direção cénica: Tomàs Aragay
Criação e interpretação: Sofia Asencio, Beatriz Lobo, Ana Cortés, Kidows Kim
Assessoria de espaço cénico: Cube.bz e Serrucho
Desenho de iluminação: Cube.bz
Espaço sonoro: Maties Palau
Figurinos: Jorge Dutor
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