EN


“Muitas vezes nos esquecemos que o que faz o carácter político da arte não é ela abordar certos temas ou utilizar certos procedimentos, mas é a relação, formal, temática, de modos de produção, que ela tece com uma certa conjuntura política, social, económica e até mesmo com uma certa conjuntura que podemos chamar de sensível, e que essa conjuntura se dá dentro da história, que ela está sempre se modificando.” (Julian Boal, 2021).
Inspirada por tradições teatrais que, de Brecht a Boal, entenderam a cena como espaço de pensamento e transformação, esta conversa propõe refletir sobre o papel do teatro em tempos de restauração autoritária. Se, para Brecht, o teatro devia provocar a estranheza que desperta a reflexão crítica e rompe a passividade do espectador face à normalização do autoritarismo, Boal amplia esse gesto, transformando o palco num lugar de partilha e experimentação política, “ensaiando a revolução”.
Julian Boal e Sara Barros Leitão encontram-se para pensar que formas de resistência e transformação podemos construir num tempo marcado pela ascensão de movimentos autoritários que, colocando em causa liberdades políticas, incluindo de criação, ataca abertamente grupos oprimidos, precariza a existência e explora o ressentimento social:
Como pode o teatro resistir e mobilizar em tempos de retrocesso político?
More info
Event from
“Muitas vezes nos esquecemos que o que faz o carácter político da arte não é ela abordar certos temas ou utilizar certos procedimentos, mas é a relação, formal, temática, de modos de produção, que ela tece com uma certa conjuntura política, social, económica e até mesmo com uma certa conjuntura que podemos chamar de sensível, e que essa conjuntura se dá dentro da história, que ela está sempre se modificando.” (Julian Boal, 2021).
Inspirada por tradições teatrais que, de Brecht a Boal, entenderam a cena como espaço de pensamento e transformação, esta conversa propõe refletir sobre o papel do teatro em tempos de restauração autoritária. Se, para Brecht, o teatro devia provocar a estranheza que desperta a reflexão crítica e rompe a passividade do espectador face à normalização do autoritarismo, Boal amplia esse gesto, transformando o palco num lugar de partilha e experimentação política, “ensaiando a revolução”.
Julian Boal e Sara Barros Leitão encontram-se para pensar que formas de resistência e transformação podemos construir num tempo marcado pela ascensão de movimentos autoritários que, colocando em causa liberdades políticas, incluindo de criação, ataca abertamente grupos oprimidos, precariza a existência e explora o ressentimento social:
Como pode o teatro resistir e mobilizar em tempos de retrocesso político?
Share
FB
X
WA
LINK
Relacionados
From section

Free
Literature
![[Bibliotecas do Porto] - CLUBE DE LEITURA — CONTOS EM DIÁLOGO — «COMÉDIAS PARA SE LER NA ESCOLA», DE LUIS FERNANDO VERISSIMO](https://img.bndlyr.com/slgso3uvbp8d6xgm/_assets/luis_fernando_verissimopor-eduardo-nicolau.webp?fit=fill&w=800)
Free
Talk