Suspense, de Lois Weber e Phillips Smalley

Numa zona isolada, uma jovem mãe telefona ao marido, alertando-o de que a casa está a ser assaltada. Temendo pela mulher e filho, o homem decide roubar um carro e apressa-se para os salvar. Suspense é o exemplo perfeito de como o cinema, desde os seus primórdios, tem utilizado a chamada telefónica como dispositivo narrativo dramático. A invenção do telefone, que possibilitou a comunicação em tempo real entre indivíduos distantes, foi também rapidamente associada à técnica da montagem paralela. Também isso é evidenciado neste filme — um dos primeiros a recorrer à inovadora técnica do ecrã dividido.


Scream, de Wes Craven

A pacata cidade de Woodsboro acordou aos gritos: há um assassino na comunidade que viu demasiados filmes de terror, e que vai atingindo as suas vítimas das formas mais insólitas. Um dos grandes sucessos do cinema de terror moderno — com um elenco de estrelas que inclui Neve Campbell, Courteney Cox e Drew Barrymore —, Scream faz referências arrojadas e junta-se a muitos outros marcos do género, em que o telefone é central à narrativa, seja como canal de ameaça ou como possibilidade de salvação. O célebre slogan do filme dá um sábio conselho a todos os protagonistas do subgénero que liga o telefone ao horror: “Don’t answer the phone.”