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“Sombras” parte das vivências de mulheres operárias durante o Estado Novo para refletir sobre a invisibilidade histórica do trabalho feminino. Resultado de um processo participativo em contextos industriais, o espetáculo cruza memória, corpo e território, convocando uma reflexão sobre o lugar da mulher na indústria. Assente nas linguagens do movimento, som e vídeo, o projeto nasce do encontro com a comunidade de Campanhã — território moldado pela indústria e pela força de trabalho feminina — e da partilha de vivências em sessões de experimentação artística e assembleias comunitárias. Estas vivências tecem a matriz de uma criação que cruza o passado com o presente, reivindicando visibilidade para histórias que continuam a ecoar nas realidades laborais do presente. Mais do que uma evocação, “Sombras” é uma afirmação política e sensível: um espaço de escuta e confronto que interpela o apagamento das mulheres operárias e desafia a forma como construímos memória coletiva. As marcas desse silêncio persistem no imaginário social e continuam a moldar estruturas de poder. Ao olhar o passado, abre-se espaço para a ação no presente e projetar futuros mais justos, dentro e fora do palco.
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“Sombras” parte das vivências de mulheres operárias durante o Estado Novo para refletir sobre a invisibilidade histórica do trabalho feminino. Resultado de um processo participativo em contextos industriais, o espetáculo cruza memória, corpo e território, convocando uma reflexão sobre o lugar da mulher na indústria. Assente nas linguagens do movimento, som e vídeo, o projeto nasce do encontro com a comunidade de Campanhã — território moldado pela indústria e pela força de trabalho feminina — e da partilha de vivências em sessões de experimentação artística e assembleias comunitárias. Estas vivências tecem a matriz de uma criação que cruza o passado com o presente, reivindicando visibilidade para histórias que continuam a ecoar nas realidades laborais do presente. Mais do que uma evocação, “Sombras” é uma afirmação política e sensível: um espaço de escuta e confronto que interpela o apagamento das mulheres operárias e desafia a forma como construímos memória coletiva. As marcas desse silêncio persistem no imaginário social e continuam a moldar estruturas de poder. Ao olhar o passado, abre-se espaço para a ação no presente e projetar futuros mais justos, dentro e fora do palco.
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