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Série de 5 encontros ressonantes, às Quintas, das 18:00 em diante, na Sonoscopia.
Talvez já não nos lembremos disso, mas, um pouco antes de uma qualquer manifestação sonora, há a vibração. Lembram-se Mesmo antes de qualquer articulação audível, antes mesmo da fala, do canto, da nota – há o tremor. Eis que o corpo arqueia, que se agita, eis um campo que se desloca, eis uma superfície que ressoa. Escutar, então, não começa no ouvido. Começa na pele, nas vísceras, nos ossos, no mundo. O som, como aquele que percebemos, é já o resultado de um processo. É aquilo que se deixou captar, descodificar, nomear. Mas o que antecede tudo isso – a vibração – é um estado mais puro, mais aberto, muito menos domesticado. E talvez seja aí, nesse espaço anterior, que a arte, a poesia e a filosofia se possam encontrar para pensarem e sentirem juntos uma outra escuta. Justamente aquela que não ouve apenas o som, mas que fica atenta àquilo que vibra, ao que reverbera e ao que se nos escapa. O que nos traz aqui a estes encontros performance na Sonoscopia? Experimentar coletivamente o pensar e o sentir a escuta a partir da vibração, e com isso inaugurar uma ontologia vibracional que se descola do ser estático e se aproxima mais do ser enquanto movimento, enquanto fluxo sensível. A vibração não é coisa nem forma. É muito mais passagem. A escuta, assim compreendida, deixa de ser uma função sensorial limitada ao aparelho auditivo e torna-se uma experiência existencial de abertura ao mundo. Eis, pois, um modo de afetar e de ser afetado. Sintam-se convidados.
André Alves, Constança Amador e Mário Azevedo, ressonantes em estado vibracional.
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Série de 5 encontros ressonantes, às Quintas, das 18:00 em diante, na Sonoscopia.
Talvez já não nos lembremos disso, mas, um pouco antes de uma qualquer manifestação sonora, há a vibração. Lembram-se Mesmo antes de qualquer articulação audível, antes mesmo da fala, do canto, da nota – há o tremor. Eis que o corpo arqueia, que se agita, eis um campo que se desloca, eis uma superfície que ressoa. Escutar, então, não começa no ouvido. Começa na pele, nas vísceras, nos ossos, no mundo. O som, como aquele que percebemos, é já o resultado de um processo. É aquilo que se deixou captar, descodificar, nomear. Mas o que antecede tudo isso – a vibração – é um estado mais puro, mais aberto, muito menos domesticado. E talvez seja aí, nesse espaço anterior, que a arte, a poesia e a filosofia se possam encontrar para pensarem e sentirem juntos uma outra escuta. Justamente aquela que não ouve apenas o som, mas que fica atenta àquilo que vibra, ao que reverbera e ao que se nos escapa. O que nos traz aqui a estes encontros performance na Sonoscopia? Experimentar coletivamente o pensar e o sentir a escuta a partir da vibração, e com isso inaugurar uma ontologia vibracional que se descola do ser estático e se aproxima mais do ser enquanto movimento, enquanto fluxo sensível. A vibração não é coisa nem forma. É muito mais passagem. A escuta, assim compreendida, deixa de ser uma função sensorial limitada ao aparelho auditivo e torna-se uma experiência existencial de abertura ao mundo. Eis, pois, um modo de afetar e de ser afetado. Sintam-se convidados.
André Alves, Constança Amador e Mário Azevedo, ressonantes em estado vibracional.
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