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Dia Mundial da Dança
No âmbito do Festival DDD - Dias da Dança, Vera Mantero & Cúmplices apresentam no Rivoli "C.C. (Crematística e Contraforça)".
"Multiplicidade, Contraforça, Dupla Cidadania, Junção de Opostos, Incandescência, Encantamento, Símbolo: palavras que são, agora, quase mantras, noções que vêm pululando nos processos atravessados por Vera Mantero e os seus convidados desde 2021, desde a peça “O Susto é um Mundo”, passando por “Um pequeno exercício de composição” (2023) e mais recentemente por “__ chãocéu |” (2024). Estes são trabalhos que criam fricções entre diferentes esferas e que nos colocam no limiar do inconsciente, permitindo-nos uma quase entrada no mundo dos sonhos. As figuras abstratas e os símbolos cruzam-se lado a lado com ações comuns do dia-a-dia, os corpos transmutam-se no cruzamento com os objetos e a palavra poética. É nestes cruzamentos e nestas contraforças que se ensaia a nossa capacidade de mudança, a tradução de uma energia destrutiva numa energia de abertura e despojamento."
No Dia Mundial da Dança, o Balleteatro celebra a arte do movimento com dois espetáculos no Coliseu Porto Ageas.
Às 21h00, Entra a Duzentos Sai a Cem reúne o Grupo Sénior do Centro Monte Pedral e os alunos do 2.º ano do curso de Dança do Balleteatro Escola Profissional, dirigidos por Carlos Silva, numa reflexão sensível sobre o segredo e as suas múltiplas facetas.
É um espetáculo que coloca frente a frente duas gerações, desta vez numa partilha quase soprada ao ouvido, como o segredo.
Na mesma noite, Party traz novamente a energia dos alunos do 2.º ano do curso de dança do Balleteatro Escola Profissional. Inspirados na peça "Vertigo 20", exploram novas possibilidades coreográficas numa performance intensa e vibrante, com direção de Susana Manso.
Uma noite de celebração e encontro entre gerações através da dança.
Entrada gratuita mediante lotação da sala.
Entrada gratuita mediante lotação da sala
No âmbito do DDD, Sónia Baptista apresenta, hoje e amanhã, no Teatro Municipal Constantino Nery, em Matosinhos, KING SIZE um espetáculo que confronta os dispositivos de criação de performances drag contemporâneas com os códigos rígidos de representação de género na dança e no teatro tradicionais, evidenciando as diferenças entre o que é natural e o que é construção cultural ou cénica.
"O drag subverte os papéis de género, reforçando os aspetos teatrais dessas interpretações, mas é também uma forma de crítica social e um meio de expressão artística. KING SIZE pretende analisar como se constrói a masculinidade, focando figuras que incorporam os mitos masculinos bem como as suas revisões paródicas."
Também integrada no DDD, para ver e sentir no Teatro Campo Alegre, em estreia nacional, há e nunca as minhas mãos estão vazias, a nova criação de Cristian Duarte em companhia. O título faz referência a um verso do poema Apesar das ruínas e da morte, de Sophia de Mello Breyner Andresen, declamado por Maria Bethânia.
"A obra confronta uma realidade marcada por desigualdades, propondo a força e a diversidade do coletivo como uma resposta sensível. (...) Num Brasil de constantes transformações, a obra propõe um olhar sobre como estar junto na diferença e reafirmar a vida diante das adversidades."
Ainda no âmbito do DDD, podemos ver, também no Teatro Campo Alegre, o novo trabalho do famoso coreógrafo William Forsythe, coproduzido pela La Biennale di Venezia, em colaboração com Rauf “Rubberlegz” Yasit, Lex Ishimoto, Julia Weiss, Brigel Gjoka e o JA Collective (Aidan Carberry e Jordan Johnson).
"A peça explora as raízes e as origens da dança folclórica, do hip-hop e do balé, mostrando a diversidade de experiências e linguagens dos bailarinos através da sua comunicação física em palco. Num diálogo fascinante, os bailarinos exploram as semelhanças e diferenças dos seus estilos de dança, celebrando a forma singular de encarar e evoluir cada estilo.
Friends of Forsythe celebra a diversidade das culturas de dança, a linguagem profunda da dança e a noção de união."