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PZ celebra "20 anos sem merdas"
Entrevistas
com uma festa-concerto no M.Ou.Co.
PZ celebra 20 anos

Outubro 2025

A 4 de outubro, o Porto celebra duas décadas de um dos projetos mais singulares da música portuguesa. O M.Ou.Co. foi o local escolhido para esta festa-concerto. 

Paulo Zé Pimenta, mais conhecido por PZ, veste o pijama para celebrar os 20 anos de um percurso sinuoso, que nem sempre foi passado a festejar. Quando chegou a Portugal, após um curso de New Media Arts, em Boston, sentiu-se à deriva e entrou numa depressão. “Eu já fazia música em casa desde muito novo; na altura em que surgiu o trip hop, o techno, com a ajuda de um sintetizador, já conseguia fazer algumas coisas. Então, quando me estava a sentir perdido, a minha família incentivou-me: faz música!”. Este incentivo deu origem ao tema “Sofá Efervescente”, que acabou por ser o primeiro single do álbum Anticorpos (2005).


“O álbum foi a minha terapia”, afirma PZ. “Sempre adorei música, o meu pai levava-me a grandes concertos quando era mais novo; levou-me a concertos de Nirvana, David Bowie, Madonna e Michael Jackson. Em casa, ouvíamos música ao jantar, o meu irmão também estudou música. E o meu lado mais criativo sempre se revelou com a música.” 

O primeiro álbum foi lançado na editora que PZ fundou com o seu irmão, a Meifumado Fonogramas, mas os concertos e as apresentações ao público só começaram em 2012 com o segundo álbum, Rude Sofisticado, que trazia o tema “Croquetes”. “Quando o Nuno Markl ouviu as músicas deste álbum, partilhou-as, e foi aí que senti que as pessoas começaram a ouvir a minha música. Estava numa fase boa, de bem com a vida, e a música dos ‘Croquetes’ teve algum sucesso.” 


Com o lançamento do segundo álbum, começa a dar concertos, a fazer videoclipes, e o projeto começa a tornar-se mais sério. “Lembro-me do D’Bandada, esse grande festival de música pela cidade que acontecia no Porto, era quase um São João só para a música; e dei um concerto na Casa do Livro, e foi o máximo! Apareceu imensa gente. Fiquei surpreendido porque as pessoas já conheciam imensas músicas, e foi aí que pensei que, se calhar, podia tentar uma carreira na música”, revela o músico que nas suas apresentações ao vivo enverga pijama e pantufas.

PZ celebra 20 anos

PZ © Rui Meireles

PZ celebra 20 anos

© Rui Meireles

“O pijama é um símbolo de despreocupação”, afirma PZ. “Um dia, pus-me a gravar um disco de pijama, em frente à câmara, às três da manhã, e o Alexandre Azinheira, o realizador do vídeo dos ‘Croquetes’, disse para vestir o pijama no videoclipe. E assim foi. Apareço a andar de pijama pelas ruas do Porto, e passei a ir assim para os concertos.” PZ assume que quis contrariar “a grande produção” dos concertos ao vivo. “Quis romper com isso, e, visualmente, funcionou. Agora, já vai a banda toda de pijama. E há momentos particulares, como quando o Sérgio, que toca sintetizadores, vai lavar os dentes antes de entrar em palco. Já há quem diga que há uma mística ‘pijamística’.” 

No dia 4 de outubro está marcada uma festa-concerto que começa de tarde e se prolonga até à noite: o programa arranca às 16h, com o DJ Set de Pedro Tenreiro, segue às 18h com o concerto de estreia de Joe Zé, o alter ego de PZ que veio da Pensilvânia e nos vai apresentar o álbum Apocalypse Later, e continua às 19h com Club Kitten a aquecer a pista em modo sunset party. O momento alto é às 21h30, com PZ & Banda Pijama num espetáculo de quase duas horas, revisitando “clássicos” como “Croquetes”, “Cara de Chewbacca”, “Neura”, e “Bestas”, entre outras surpresas. 

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