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Entre a marginal do rio e as Fontaínhas encontramos a Calçada das Carquejeiras. São duzentos metros em rampa, com uma inclinação vertiginosa, que ainda hoje convence quem se passeia por ali a procurar outra forma de subir a encosta. Mas era aqui que começava o percurso das carquejeiras – mulheres que carregavam às costas enormes fardos de carqueja para os levar um pouco por toda a cidade, para uso nos fornos dos padeiros e nas lareiras senhoriais.
Perto do topo desta rampa, onde possivelmente as carquejeiras repousavam apenas momentaneamente do doloroso esforço que tinham acabado de empreender, encontra-se hoje uma estátua de homenagem, tornando visível a crueldade deste labor. Esta estátua decorre dos esforços da Associação de Homenagem às Carquejeiras do Porto, um grupo que lutou para que o Porto não voltasse a olvidar os corpos torturados de quem palmilhava as ruas com uma cidade às costas.
© Nuno Miguel Coelho
por Ricardo Alves
© Nuno Miguel Coelho
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