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António Cruz era tido pelos seus contemporâneos como tímido e avesso à vida pública, o que não o impediu de ser considerado por muitos “o maior aguarelista português”. E o sujeito das aguarelas de António Cruz é quase só um: a cidade do Porto.
Nascido em meio humilde, ingressou na Faculdade de Belas Artes do Porto à revelia dos seus pais. Tendo de interromper o curso por falta de meios, e apesar do afastamento a que se votava, foi alvo de uma onda de solidariedade por colegas de curso, que o conseguiram nomear para uma bolsa de estudos. Mais tarde, em 1962, é aceite como professor na faculdade onde originalmente estudou com esforço e em segredo.
Nas paisagens enevoadas e de matizes escurecidas, é fácil reconhecer os lugares da cidade, apesar de a maioria das suas obras não ter título. Em 1956, Manoel de Oliveira realiza um documentário que torna clara esta contemplação do Porto, intitulando-o de O Pintor e a Cidade.
Texto Ricardo Alves
A partir do livro António Cruz 1907-1983, 2015, © Coleção Árvore, Porto.
A partir do livro António Cruz 1907-1983, 2015, © Coleção Árvore, Porto.
A partir do livro António Cruz 1907-1983, 2015, © Coleção Árvore, Porto.
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