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Não se admirem se, este fim de semana, andarem pela baixa da cidade e virem dezenas de saltadores de cordas (rope jumpers). Trata-se do 3.º Torneio Urbano Internacional de Salto à Corda, que decorre a 29 e 30 de agosto, e conta com quase uma centena de participantes de vários países.
Toda a gente em criança terá experimentado saltar à corda. É uma atividade física associada, quase sempre, ao nosso tempo de infância, pela sua componente lúdica e divertida, e que pode e deve ser continuada na idade adulta. É o que defende Paulo Vaz, mais conhecido por Robinho, técnico de desporto e adepto do salto à corda. Foi ele o mentor dos encontros da modalidade, que começaram, no Porto, de onde é natural, em 2023.
“Eu já saltava à corda quando praticava boxe”, conta, “e, entretanto, percebi que existia uma comunidade entusiasta da modalidade, mas mais ao nível de truques – não só na vertente de exercício físico; também na vertente mais lúdica e artística”. Foi então que percebeu que havia espaço para criar uma comunidade, numa plataforma informal, nascendo, assim, a The High Jump, a sua marca. A partir desta plataforma, Robinho começou a contactar com outros jumpers – assim se chamam aos saltadores de cordas – praticantes de várias partes do mundo, e este movimento foi crescendo.
“O primeiro torneio surgiu exatamente com o intuito de juntar as pessoas que começaram a treinar e a praticar os seus movimentos em casa. No primeiro evento, tivemos 12 pessoas; no segundo, tivemos 26, e agora, no nosso terceiro, vamos ter cerca de 90 pessoas. É, sem dúvida, um crescimento [expressivo].”
Participam neste encontro atletas (não profissionais) da modalidade vindos de países como Inglaterra, França, Itália Estados Unidos, Canadá e Coreia do Sul.
No dia 29, sexta, a partir das 9h00, há uma concentração de saltadores de corda no Largo Amor de Perdição, em frente ao Centro Português da Fotografia, e por lá ficam até às 12h30. Robinho afiança que “quem se quiser juntar, é bem-vindo”. Depois, vão “andar pela cidade a saltar à corda”, com paragem na Ribeira, subindo, mais tarde, à Serra do Pilar, onde vão fazer algumas demonstrações. A concentração de rope jumpers repete-se na manhã de sábado, com demonstrações, no Largo Amor de Perdição.
2.º Torneio Urbano Internacional de Salto à Corda
Vencedores do Torneio Internacional de Salto à Corda de 2024
No sábado, dia 30, às 16h00, a Fábrica Vasco da Gama, em Matosinhos, vai acolher as batalhas de salto à corda, de participação gratuita, e aberta ao público, em que um júri vai avaliar “quem salta melhor”.
Considerando que nesta modalidade cada atleta “desenvolve o seu próprio estilo, a sua própria técnica”, o júri avalia elementos como “a originalidade e a velocidade dos movimentos”, e há, também, uma parte chamada de “resposta”, que conta para a pontuação: “uma vez que vai ser um contra um, uma espécie de battle, se um jumper fizer um determinado tipo de movimento e o outro decidir dar counter, ou seja, se fizer o mesmo movimento, aperfeiçoando-o, recebe pontos”, explica.
Robinho refere, ainda, que a The High Jump está a desenvolver projetos em bairros sociais, escolas secundárias e espaços fitness para mostrar, tanto a jovens como adultos, os benefícios e a arte do jump rope.
O técnico de desporto, que também é treinador de salto à corda, afiança que os benefícios “são muitos”. “É um desporto mais conhecido pela queima rápida de calorias, o que interliga a uma perda de peso; é [um exercício] cardio muito ativo, abrangendo muitos músculos. Contribui para a melhoria do equilíbrio [motor], de coordenação, isto na parte física; e, na parte mental, acaba por aliviar imenso o stress.”
© DR
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