Os anos de 1823 e 1824 constituem, em Portugal, a encruzilhada imperfeita entre um Antigo Regime de longa duração e uma contrarrevolução emergente e conjuntural, esboçando os primeiros movimentos de insurreição face ao Vintismo nascido a 24 de agosto de 1820. O microcosmos nacional replica a luta entre o jacobinismo republicano de importação francesa, o gradualismo moderado de um centro político (tanto liberal, quanto realista), e o ultrarrealismo dito apostólico, sobretudo franco-espanhol. Nesse sentido, a Vilafrancada e a Abrilada são dois momentos históricos específicos que marcam o final do triénio vintista, e uma primeira tentativa, falhada, de consolidar o Antigo Regime.

Tendo em conta estas temáticas, o diálogo entre a historiografia e a arquivística não pode deixar de ser fomentado e aprofundado. O estudo de acontecimentos políticos, militares e diplomáticos, a análise biográfica e prosopográfica das instituições, do património arquivo e do discurso historiográfico constituem alguns dos temas a analisar neste colóquio.

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