O que une Murat Coşkun e Beatriz Picas é a curiosidade e uma profunda afinidade pela música que nasce entre mundos e estilos distintos. A combinação de world percussion, violoncelo e voz permite-lhes cantar com o violoncelo, tocar com a voz, fazer a percussão sorrir e chorar. Em palco, Picas e Coşkun tornam-se quase uma extensão dos seus instrumentos, dando vida própria às suas composições, mergulhando em diálogos musicais, que tanto podem sussurrar suavemente quanto rir descontroladamente.

Em «Souls», o duo apresenta um programa que é fruto de um intercâmbio intenso e de muitas fases de experimentação conjunta — um encontro entre intuição, imaginação e precisão rítmica, executado com naturalidade e virtuosismo, em que as suas raízes, portuguesa e turca, fluem em composições onde, por vezes, é possível sentir a melancolia do mar ou a alma das montanhas.