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"A artista e escritora alemã Else von Freytag-Loringhoven (1874-1927), exilada na vanguarda nova-iorquina durante a segunda metade da década de 1910, desenvolveu uma concepção da arte como forma de encarnação (embodiment). Escreveu uma autobiografia dedicada à sua procura do orgasmo para apresentar uma compilação dos seus poemas, que se revelou impossível de publicar. Com o seu corpo, por vezes nu, levou a cabo várias intervenções críticas em galerias e ateliers, bem como performances quando estas ainda não eram conhecidas nas ruas de Nova Iorque. Reinventou também o trabalho de modelo como uma prática artística emancipada; nos últimos anos de vida, chegou a abrir uma escola sem professores nem alunos, na qual era artista-modelo. Não tendo assinado nenhum objecto durante a sua vida, produziu acima de tudo uma arte sem obra nem autor. A partir das suas práticas, hoje redescobertas, podemos conceber uma crítica feminista da vanguarda masculina que nos permite repensar o famoso urinol de Marcel Duchamp, Fountain, que uma parte da crítica atribuiu recentemente a Else von Freytag-Loringhoven."
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"A artista e escritora alemã Else von Freytag-Loringhoven (1874-1927), exilada na vanguarda nova-iorquina durante a segunda metade da década de 1910, desenvolveu uma concepção da arte como forma de encarnação (embodiment). Escreveu uma autobiografia dedicada à sua procura do orgasmo para apresentar uma compilação dos seus poemas, que se revelou impossível de publicar. Com o seu corpo, por vezes nu, levou a cabo várias intervenções críticas em galerias e ateliers, bem como performances quando estas ainda não eram conhecidas nas ruas de Nova Iorque. Reinventou também o trabalho de modelo como uma prática artística emancipada; nos últimos anos de vida, chegou a abrir uma escola sem professores nem alunos, na qual era artista-modelo. Não tendo assinado nenhum objecto durante a sua vida, produziu acima de tudo uma arte sem obra nem autor. A partir das suas práticas, hoje redescobertas, podemos conceber uma crítica feminista da vanguarda masculina que nos permite repensar o famoso urinol de Marcel Duchamp, Fountain, que uma parte da crítica atribuiu recentemente a Else von Freytag-Loringhoven."
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