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Esta Carta Branca combina obras cinematográficas e artísticas. O que estas obras têm em comum? Foram criadas por artistas e cineastas visionários, que se afastaram das formas clássicas de contar histórias e exploraram a sua própria linguagem inventada, criando novos territórios através da imagem.
Outro dos pontos em comum: são obras políticas. Sejam videoarte, documentários curtos ou longos, ficção científica ou animação gerada por computador, todas contam histórias de pessoas que foram, e ainda são, oprimidas, desumanizadas, marginalizadas, esquecidas ou mesmo apagadas. Essas pessoas, e as suas histórias, precisam de ser vistas pelo valor que trazem ao nosso mundo.
A heterogeneidade de forma e linguagem cinematográfica destes filmes não pretende simplesmente preencher o ecrã para ilustrar histórias, mas constituir um espelho que oferece reflexões sobre colonização, deslocamento, exílio, imigração, memória, geopolítica, identidade diaspórica e controlo estatal.
Ao assistir a estes filmes, os espectadores serão transportados para fora da sua realidade, viajando entre passado, presente e futuro - experimentando a alegria e o humor como formas de resistência. Vão testemunhar uma conversa entre uma mulher palestiniana e a Lunar Embassy; descobrir uma discoteca parisiense reconstituída que serviu de refúgio à população árabe nos anos 80; encontrar-se no interior das partículas corporais de um jovem norte-africano agredido pela polícia francesa durante um encontro; viajar de uma ilha fictícia no Atlântico até uma terra feita de flores e silêncio, passando por uma Palestina distópica transformada num arranha-céus, paisagens feitas de plantas comestíveis silvestres e a luta diária contra o desapossamento da terra.
Lina Soualem
Operação apoiada pelo Ministère de l'Europe et des Affaires étrangères e pelo Institut Français no âmbito da estratégia de promoção internacional das indústrias culturais e criativas através do dispositivo PICC.
Paisagem Lunar, de Mona Benyamin
Ficção, 17 min.
Uma curta-metragem filmada como um videoclipe para uma balada interpretada por um duo árabe, que traça a história de Dennis M. Hope, o homem que reivindicou a posse da Lua e fundou a Lunar Embassy. A realizadora, uma jovem palestiniana que vive sob a ocupação israelita, liga a sua história à dele, criando um híbrido de cenas surrealistas musicais, "film noir" e arquivos da NASA.
A vida em CAPS, de Meriem Bennani
Documentário, 33 min.
Ao longo de três gerações, o que começou como um campo de internamento transformou-se numa megalópole movimentada e geograficamente isolada, onde refugiados e imigrantes — que se teletransportam “ilegalmente” através de oceanos e fronteiras — são detidos pelo Estado.
Nesta colaboração com Fatima Al Qadiri que encerra a trilogia homónima, Meriem Bennani pensa os conceitos de exílio e biotecnologia.
Genealogia da Violência, de Mohamed Bourouissa
Ficção, 16 min.
Um jovem está sentado no carro com a namorada. Dois polícias aproximam-se num carro descaracterizado para realizar uma verificação de identidade de rotina. Convidam-no a sair e procedem metodicamente a uma revista, enquanto ele se mantém em frente ao carro, sob o olhar consternado da namorada.
Pacific Club, de Valentin Noujaim
Ficção, 16 min.
Em 1979, o Pacific Club abriu na zona de La Défense, em Paris, tornando-se a primeira discoteca para árabes dos subúrbios. Azedine, então com 17 anos, recorda este clube vibrante e uma geração que sonhava pertencer a França. As suas esperanças foram rapidamente confrontadas com realidades duras: o racismo, a epidemia da SIDA e a heroína. Uma reflexão poderosa sobre a juventude, a identidade e a desilusão que marcaram uma época.
Estado-Nação, de Larissa Sansour
Ficção, 9min.
Num universo distópico, o impasse no Médio Oriente é resolvido de forma original: toda a população palestiniana é reunida num arranha-céus colossal, vivendo finalmente uma boa vida. Esta curta de ficção científica combina ficção cinetífica e humor negro, oferecendo uma reflexão provocadora sobre espaço, poder e utopia vertical.
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Esta Carta Branca combina obras cinematográficas e artísticas. O que estas obras têm em comum? Foram criadas por artistas e cineastas visionários, que se afastaram das formas clássicas de contar histórias e exploraram a sua própria linguagem inventada, criando novos territórios através da imagem.
Outro dos pontos em comum: são obras políticas. Sejam videoarte, documentários curtos ou longos, ficção científica ou animação gerada por computador, todas contam histórias de pessoas que foram, e ainda são, oprimidas, desumanizadas, marginalizadas, esquecidas ou mesmo apagadas. Essas pessoas, e as suas histórias, precisam de ser vistas pelo valor que trazem ao nosso mundo.
A heterogeneidade de forma e linguagem cinematográfica destes filmes não pretende simplesmente preencher o ecrã para ilustrar histórias, mas constituir um espelho que oferece reflexões sobre colonização, deslocamento, exílio, imigração, memória, geopolítica, identidade diaspórica e controlo estatal.
Ao assistir a estes filmes, os espectadores serão transportados para fora da sua realidade, viajando entre passado, presente e futuro - experimentando a alegria e o humor como formas de resistência. Vão testemunhar uma conversa entre uma mulher palestiniana e a Lunar Embassy; descobrir uma discoteca parisiense reconstituída que serviu de refúgio à população árabe nos anos 80; encontrar-se no interior das partículas corporais de um jovem norte-africano agredido pela polícia francesa durante um encontro; viajar de uma ilha fictícia no Atlântico até uma terra feita de flores e silêncio, passando por uma Palestina distópica transformada num arranha-céus, paisagens feitas de plantas comestíveis silvestres e a luta diária contra o desapossamento da terra.
Lina Soualem
Operação apoiada pelo Ministère de l'Europe et des Affaires étrangères e pelo Institut Français no âmbito da estratégia de promoção internacional das indústrias culturais e criativas através do dispositivo PICC.
Paisagem Lunar, de Mona Benyamin
Ficção, 17 min.
Uma curta-metragem filmada como um videoclipe para uma balada interpretada por um duo árabe, que traça a história de Dennis M. Hope, o homem que reivindicou a posse da Lua e fundou a Lunar Embassy. A realizadora, uma jovem palestiniana que vive sob a ocupação israelita, liga a sua história à dele, criando um híbrido de cenas surrealistas musicais, "film noir" e arquivos da NASA.
A vida em CAPS, de Meriem Bennani
Documentário, 33 min.
Ao longo de três gerações, o que começou como um campo de internamento transformou-se numa megalópole movimentada e geograficamente isolada, onde refugiados e imigrantes — que se teletransportam “ilegalmente” através de oceanos e fronteiras — são detidos pelo Estado.
Nesta colaboração com Fatima Al Qadiri que encerra a trilogia homónima, Meriem Bennani pensa os conceitos de exílio e biotecnologia.
Genealogia da Violência, de Mohamed Bourouissa
Ficção, 16 min.
Um jovem está sentado no carro com a namorada. Dois polícias aproximam-se num carro descaracterizado para realizar uma verificação de identidade de rotina. Convidam-no a sair e procedem metodicamente a uma revista, enquanto ele se mantém em frente ao carro, sob o olhar consternado da namorada.
Pacific Club, de Valentin Noujaim
Ficção, 16 min.
Em 1979, o Pacific Club abriu na zona de La Défense, em Paris, tornando-se a primeira discoteca para árabes dos subúrbios. Azedine, então com 17 anos, recorda este clube vibrante e uma geração que sonhava pertencer a França. As suas esperanças foram rapidamente confrontadas com realidades duras: o racismo, a epidemia da SIDA e a heroína. Uma reflexão poderosa sobre a juventude, a identidade e a desilusão que marcaram uma época.
Estado-Nação, de Larissa Sansour
Ficção, 9min.
Num universo distópico, o impasse no Médio Oriente é resolvido de forma original: toda a população palestiniana é reunida num arranha-céus colossal, vivendo finalmente uma boa vida. Esta curta de ficção científica combina ficção cinetífica e humor negro, oferecendo uma reflexão provocadora sobre espaço, poder e utopia vertical.
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