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"O ponto de partida de Brandos Costumes é simples, linear, objectivo: dizer um nome, evocar uma imagem e pô-los — nome e imagem — em cena: S-A-LA-Z-A-R."
- João Lopes, do seu texto sobre "Brandos Costumes", em "Alberto Seixas Santos", Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, 2016
Com argumento escrito a três mãos (as dele [Seixas Santos] e as dos poetas Luísa Neto Jorge e Nuno Júdice), Seixas Santos centrou-se numa história de uma família da pequena burguesia: avó, que tinha no quarto os retratos da última família real e ainda chorava o louro príncipe assassinado em 1908; pai, jacobino anti-clerical, tão republicano nas ideias como autoritário e repressivo na vida familiar; mãe e filha mais velha, salazaristas (um discurso da mãe à criada sobre mendigos é texto de uma entrevista de Salazar); filha mais nova «revolucionária», com retrato de Che e a busca do amor livre. O filme centra-se no tema da morte do pai em rima com a morte de Salazar, ilustrado por muitas imagens de «Jornais de Actualidades», do seu enterro. As duas ordens e as duas mortes são indissociáveis, o que torna aquela família um microcosmos do país.
- João Bénard da Costa, excerto de "Alberto Seixas Santos", texto bio-filmográfico, idem)
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"O ponto de partida de Brandos Costumes é simples, linear, objectivo: dizer um nome, evocar uma imagem e pô-los — nome e imagem — em cena: S-A-LA-Z-A-R."
- João Lopes, do seu texto sobre "Brandos Costumes", em "Alberto Seixas Santos", Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, 2016
Com argumento escrito a três mãos (as dele [Seixas Santos] e as dos poetas Luísa Neto Jorge e Nuno Júdice), Seixas Santos centrou-se numa história de uma família da pequena burguesia: avó, que tinha no quarto os retratos da última família real e ainda chorava o louro príncipe assassinado em 1908; pai, jacobino anti-clerical, tão republicano nas ideias como autoritário e repressivo na vida familiar; mãe e filha mais velha, salazaristas (um discurso da mãe à criada sobre mendigos é texto de uma entrevista de Salazar); filha mais nova «revolucionária», com retrato de Che e a busca do amor livre. O filme centra-se no tema da morte do pai em rima com a morte de Salazar, ilustrado por muitas imagens de «Jornais de Actualidades», do seu enterro. As duas ordens e as duas mortes são indissociáveis, o que torna aquela família um microcosmos do país.
- João Bénard da Costa, excerto de "Alberto Seixas Santos", texto bio-filmográfico, idem)
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