A profundidade tranquila da música de Carolina Viana saiu da Redoma, sem qualquer desprimor para a dupla assim chamada, que formava com a produtora Joana Rodrigues. Juntas foram responsáveis por um manto sonoro de admirável subtileza em que se entreteciam filamentos de hip hop, eletrónica lo-fi, jazz, folk e spoken word. Ao encontro de uma linguagem ainda mais íntima, Carolina fez-se Malva, nome dado às flores que aceleram a cicatrização das feridas, e sozinha lançou vens ou ficas, logo selecionado para várias listas de melhores discos nacionais de 2023. Em janeiro deste ano saiu o sucessor, poros, álbum onde já permitiu que outros entrassem, “com calma, sem fazer muito barulho”.