HUNTER examina os papéis misóginos geralmente atribuídos às mulheres em três géneros cinematográficos fundamentais — centrados no corpo: a pornografia, o terror e o melodrama. Juntamente com o seu doppelgänger hiper-realista em forma de boneca, Courtney May Robertson tece uma tapeçaria de imagens em que o grotesco, a perversão (sexual) e o excesso emocional se tornam símbolos triunfantes da autonomia e da força do corpo. A dupla — uma de carne e osso, a outra feita de espuma e silicone — mapeia os tormentos e êxtases internos de um indivíduo em conflito com uma sociedade arcaica, que defende a pureza como padrão moral. O público é convidado a entrar nas profundezas de uma sala privada, fechada à chave, onde a dicotomia rígida entre repulsa e atração se dissolve. — Courtney May Robertson
Este espetáculo contém nudez, encenações e referências a práticas de bondage, dominação, submissão e masoquismo (BDSM).