Nos seus concertos, Angélica experimenta novas técnicas de preparação e amplificação da harpa, em busca de novos timbres e sonoridades. Desta forma, explora espaços auditivos imaginários e oníricos, onde a ordem e o caos coexistem. A harpista convida o público a mergulhar nas suas referências emocionais e espirituais, servindo-se delas como o guião de um sonho. Partindo do fenómeno da respiração (inspirar e expirar) e da dinâmica das marés, Salvi investiga o universo da repetição numa invocação cósmica e estruturada do transe, através de um movimento magnético e sincopado. Nesta viagem interior, onírica e intimista, o público é guiado por caminhos sinuosos e tropicais, por sonoridades ambíguas e multifacetadas.