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EUREKA! #2
EUREKA! #2
Concerto Porta-Jazz
EUREKA! #2
As sessões Eureka! serão eventos comunitários/voluntários/exploratórios sob a forma de um micro-festival que tem lugar numa tarde de domingo, na Porta-Jazz. O objectivo é a apresentação pública de uma sequência de projectos de natureza experimental, que podem ser de música mas também de outros domínios artísticos ou cruzamentos disciplinares, sob égide de um tema comum. Pretende-se suscitar o debate, a colaboração, a inspiração mútua, a ligação a outros mundos e conhecimentos, o florescimento das artes, tanto entre os participantes como juntamente com o público. O ambiente é informal e há comes e bebes.

"A história repete-se"

Como o si-bemol de um trompete percorrendo o espaço do auditório, também a história se preenche de ressonâncias.

O passado oferece pelo menos o benefício da clarividência, alertando para os perigos que, outrora ocultos, agora já não apanhariam ninguém de surpresa. Mas, como se sabe, "a história repete-se", e isso é assim porque as suas lições, afinal, não são tão imediatas de aprender. Os tempos históricos são bem maiores do que os tempos do ciclo das nossas vidas—e, já agora, os tempos da música bem menores. Comparado com o déjà vu que nos apanha fugaz no momento mais vulgar do quotidiano, o passado dos pequenos e grandes movimentos sociais ressoa-nos constantemente ao ouvido, como o si-bemol de um trompete percorrendo o espaço do auditório, mas a verdade é que não o escutamos. Assim, as civilizações florescem para depois caírem, para depois reflorescerem, etc., numa oscilação que só não será eterna porque hoje o perigo de queda é cada vez mais crítico, "existencial", como se ouve dizer.

Como a história percorrendo o tempo, também a música se preenche de repetições.

Alternam-se verso e refrão, desenrolam-se os motivos, os ciclos da batida deixam o corpo em transe, o espírito busca o conforto nas terminações expectáveis das cadências, as tradições mais antiquadas já foram em seu tempo vanguardas, renascem depois em movimentos "retro", vão mudando, ficando tudo igual.

Enquanto se celebram os 50 anos de Abril voltamos a ouvir, odiosas, as negras ressonâncias da opressão. Se a história se repete, com que vozes podemos clamar, exprimir, intervir, embalar-nos na placidez de um eterno retorno ou resistir e quebrar-lhe os ciclos? Como repercutir em sons os padrões de recorrência do mundo?
28
Abr
Espaço Porta Jazz
16:00
5€ normal / 3€ membros (doação sugerida)
Praça da República, 156

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EUREKA! #2
Concerto
As sessões Eureka! serão eventos comunitários/voluntários/exploratórios sob a forma de um micro-festival que tem lugar numa tarde de domingo, na Porta-Jazz. O objectivo é a apresentação pública de uma sequência de projectos de natureza experimental, que podem ser de música mas também de outros domínios artísticos ou cruzamentos disciplinares, sob égide de um tema comum. Pretende-se suscitar o debate, a colaboração, a inspiração mútua, a ligação a outros mundos e conhecimentos, o florescimento das artes, tanto entre os participantes como juntamente com o público. O ambiente é informal e há comes e bebes.

"A história repete-se"

Como o si-bemol de um trompete percorrendo o espaço do auditório, também a história se preenche de ressonâncias.

O passado oferece pelo menos o benefício da clarividência, alertando para os perigos que, outrora ocultos, agora já não apanhariam ninguém de surpresa. Mas, como se sabe, "a história repete-se", e isso é assim porque as suas lições, afinal, não são tão imediatas de aprender. Os tempos históricos são bem maiores do que os tempos do ciclo das nossas vidas—e, já agora, os tempos da música bem menores. Comparado com o déjà vu que nos apanha fugaz no momento mais vulgar do quotidiano, o passado dos pequenos e grandes movimentos sociais ressoa-nos constantemente ao ouvido, como o si-bemol de um trompete percorrendo o espaço do auditório, mas a verdade é que não o escutamos. Assim, as civilizações florescem para depois caírem, para depois reflorescerem, etc., numa oscilação que só não será eterna porque hoje o perigo de queda é cada vez mais crítico, "existencial", como se ouve dizer.

Como a história percorrendo o tempo, também a música se preenche de repetições.

Alternam-se verso e refrão, desenrolam-se os motivos, os ciclos da batida deixam o corpo em transe, o espírito busca o conforto nas terminações expectáveis das cadências, as tradições mais antiquadas já foram em seu tempo vanguardas, renascem depois em movimentos "retro", vão mudando, ficando tudo igual.

Enquanto se celebram os 50 anos de Abril voltamos a ouvir, odiosas, as negras ressonâncias da opressão. Se a história se repete, com que vozes podemos clamar, exprimir, intervir, embalar-nos na placidez de um eterno retorno ou resistir e quebrar-lhe os ciclos? Como repercutir em sons os padrões de recorrência do mundo?

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