O espectador depara-se com dois homens, ora amigos, ora irmãos, ora meros desconhecidos ou até rivais. A cena é composta pela presença destes dois personagens, que se relacionam entre si, com os objetos e com o espaço. Recorrem a técnicas acrobáticas e a uma comicidade silenciosa e provocadora, em que o olhar expressa o tom, a direção e a intenção de cada um.
“Deslizes” parece contar a história de dois velhos e grandes amigos que, sem recorrer à palavra falada, comunicam-se com o público e entre si através de um jogo físico – um jogo que lembra as brincadeiras clássicas de rapazes que fingem brigar, que dialogam e expressam afetividade através de pequenas provocações físicas, desafios e intimidações.