“A casa é a própria pessoa, a sua forma e o seu esforço mais imediato, eu diria: o seu sofrimento. O resultado só é obtido pela pressão constantemente repetida do peito.” — Jules Michelet

Nesta performance, a dupla Beatriz Rola / Inês Luzio propõe-se a uma pesquisa entre o lugar e as pessoas que nele habitam à procura de zonas de conforto e permanência. Nas palavras de Gonçalo M. Tavares, “uma casa habitada deixa de ser um espaço, para passar a ser aquilo que rodeia um corpo”. Casca-Asa-Faz Casa propõe um posicionamento do corpo em relação ao mundo, um olhar de ouvidos atentos a sonoridades concretas depois transformadas em narrativas íntimas do corpo enquanto fazedor e incubador. A performance parte da convergência das práticas, individuais e coletivas, das artistas, que incluem escuta, pensamento, interpretação e improvisação com instrumentos acústicos, composição com field recordings e sons eletrónicos, e facilitação de experimentações poéticas e sonoras com outras pessoas.