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“[Entre os nossos cineastas preferidos da Nouvelle Vague], podemos pensar em Éric Rohmer, mas o meu preferido é talvez Jacques Rozier.” - Richard Linklater
"Jacques Rozier (1926-2023) realizou duas curtas na segunda metade dos anos 50, e Godard escreveu sobre ele maravilhas. Falava na “lucidez da sua improvisação”, de um cinema “jovem e belo, como os corpos de vinte anos de que falava Rimbaud”. Seguiram-se os maiores elogios de toda a equipa dos Cahiers da altura, e foi também Godard que o apresentou a Georges de Beauregard, que viria a produzir a sua primeira longa, Adeus Philippine. Mas Rozier vivia e criava com uma ‘liberdade livre’ [“o cinema é uma questão de risco e desejo, como o amor”, dizia] e as coisas não foram fáceis durante a produção. O filme, uma obra admirável, “o mais Nouvelle Vague dos filmes Nouvelle Vague”, como se escreveu, só veria a luz em 1962, depois da estreia das primeiras longas de Trufaut e Godard. E aí começava uma das obras mais singulares, mais livres e geniais do cinema francês. Rozier deixou-nos uma mão cheia de longas e várias curtas para o cinema e uma dezena de trabalhos notáveis para televisão. Paulo Branco produziu-lhe um dos seus melhores filmes de entre os melhores, Maine Océan, com fotografia de Acácio de Almeida, que o jornal Le Monde colocou na lista dos 50 melhores filmes franceses de sempre.
Foi um outsider (como o foram Eustache e Pialat) e os seus filmes nunca tiveram estreia comercial em Portugal, uma lacuna que é agora finalmente reparada.
Esta obra de uma enorme frescura, que celebra a vida e, simultaneamente, a sua fragilidade, o desejo, a relação com a natureza, uma errância despreocupada, quase como arte poética, que ambicionava conciliar a arte moderna e a arte popular, está agora a ser recuperada e a conquistar um cada vez maior número de espectadores. É também uma obra que celebra o Verão e esta é a melhor altura para mergulhar nesta experiência poética e libertária. Para irmos com Rozier à la plage. - Medeia Filmes
PROGRAMA
3/07 qui
21h30 – Adeus Philippine (1962 – 1h51 | 14+)
4/07 sex
21h15 – Maine Océan (1986 – 2h17 | 14+)
5/07 sáb
15h30 – As praias de Orouet (1971 – 2h42 | 14+)
18h30 – Adeus Philippine (1962 – 1h51 | 14+)
21h30 – Maine Océan (1986 – 2h17 | 14+)
6/07 dom
15h30 – Paparazzi (1964 – 18’ | 12+) + O partido das coisas: Bardot/Godard (1964 – 10’ | 12+) + O Desprezo (1963 – 1h43 | 12+)
18h00 – Maine Océan (1986 – 2h17 | 14+)
21h30 – Fifi Martingale (2001 – 2h00 | 14+)
7/07 seg
21h15 – Os náufragos da Ilha Tortuga (1974 – 2h26 | 14+)
8/07 ter
21h00 - As praias de Orouet (1971 – 2h42 | 14+)
9/07 qua
21h30 – Adeus Philippine (1962 – 1h51 | 14+)
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“[Entre os nossos cineastas preferidos da Nouvelle Vague], podemos pensar em Éric Rohmer, mas o meu preferido é talvez Jacques Rozier.” - Richard Linklater
"Jacques Rozier (1926-2023) realizou duas curtas na segunda metade dos anos 50, e Godard escreveu sobre ele maravilhas. Falava na “lucidez da sua improvisação”, de um cinema “jovem e belo, como os corpos de vinte anos de que falava Rimbaud”. Seguiram-se os maiores elogios de toda a equipa dos Cahiers da altura, e foi também Godard que o apresentou a Georges de Beauregard, que viria a produzir a sua primeira longa, Adeus Philippine. Mas Rozier vivia e criava com uma ‘liberdade livre’ [“o cinema é uma questão de risco e desejo, como o amor”, dizia] e as coisas não foram fáceis durante a produção. O filme, uma obra admirável, “o mais Nouvelle Vague dos filmes Nouvelle Vague”, como se escreveu, só veria a luz em 1962, depois da estreia das primeiras longas de Trufaut e Godard. E aí começava uma das obras mais singulares, mais livres e geniais do cinema francês. Rozier deixou-nos uma mão cheia de longas e várias curtas para o cinema e uma dezena de trabalhos notáveis para televisão. Paulo Branco produziu-lhe um dos seus melhores filmes de entre os melhores, Maine Océan, com fotografia de Acácio de Almeida, que o jornal Le Monde colocou na lista dos 50 melhores filmes franceses de sempre.
Foi um outsider (como o foram Eustache e Pialat) e os seus filmes nunca tiveram estreia comercial em Portugal, uma lacuna que é agora finalmente reparada.
Esta obra de uma enorme frescura, que celebra a vida e, simultaneamente, a sua fragilidade, o desejo, a relação com a natureza, uma errância despreocupada, quase como arte poética, que ambicionava conciliar a arte moderna e a arte popular, está agora a ser recuperada e a conquistar um cada vez maior número de espectadores. É também uma obra que celebra o Verão e esta é a melhor altura para mergulhar nesta experiência poética e libertária. Para irmos com Rozier à la plage. - Medeia Filmes
PROGRAMA
3/07 qui
21h30 – Adeus Philippine (1962 – 1h51 | 14+)
4/07 sex
21h15 – Maine Océan (1986 – 2h17 | 14+)
5/07 sáb
15h30 – As praias de Orouet (1971 – 2h42 | 14+)
18h30 – Adeus Philippine (1962 – 1h51 | 14+)
21h30 – Maine Océan (1986 – 2h17 | 14+)
6/07 dom
15h30 – Paparazzi (1964 – 18’ | 12+) + O partido das coisas: Bardot/Godard (1964 – 10’ | 12+) + O Desprezo (1963 – 1h43 | 12+)
18h00 – Maine Océan (1986 – 2h17 | 14+)
21h30 – Fifi Martingale (2001 – 2h00 | 14+)
7/07 seg
21h15 – Os náufragos da Ilha Tortuga (1974 – 2h26 | 14+)
8/07 ter
21h00 - As praias de Orouet (1971 – 2h42 | 14+)
9/07 qua
21h30 – Adeus Philippine (1962 – 1h51 | 14+)
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