Um espaço é um corpo sem voz, em potência, à espera de ser ativado. O som amplifica esse corpo e é amplificado por ele num círculo sem fim. Pleno. Esse espaço é invisível. Existe, mas ninguém o vê. Mergulhamos numa imagem construída, sem término. Uma paisagem que se transforma infinitamente. Um arquivo docuficcional. Um pano de fundo que se abre, como uma força ontológica, que se define a si mesma e tudo o que ela contém. Ecos e ecologias servem como mapas e cartografias especulativas, miragens de um tempo distante imaginário, crono-poético, que se transforma. A beleza do efeito do vazio, contendo tudo. Um espaço perdido. A extensão de uma memória que plana no ar e desaparece assim que deixa de ser ouvida. — Inês Tartaruga Água & Xavier Paes

Corpo + Cidade: Espetáculo coprogramado pelo balleteatro