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Quarta sessão do ciclo de cinema e conversas Re-Camões, que propõe uma série de releituras cinematográficas de Luís de Camões, por ocasião das celebrações do 500º aniversário do seu nascimento. A sessão contará com a projeção das curtas-metragens Taprobana (2014) de Gabriel Abrantes, Erros Meus (2000) de Jorge Cramez, e O Velho do Restelo (2014) de Manoel de Oliveira, seguida de uma conversa entre Ricardo Nicolau, curador e adjunto da direção do Museu de Serralves, e António Preto, diretor da Casa do Cinema Manoel de Oliveira.
TAPROBANA
Gabriel Abrantes | POR, SRI, DEN, FRA | 2014 | 24'
Taprobana, actual Sri-Lanka, em finais do século XVI. A maior ilha do Oceano Índico é uma colónia portuguesa. Um elefante delicia-se na água. Ele ergue-se e baixa-se com prazer, todo ele mergulhado, bufando. Um homem aprecia uma mulher. Fazem amor a céu aberto. Quando o homem atinge o seu clímax, o elefante saí da água. O homem é Luís Vaz de Camões, poeta português e mais tarde, herói nacional. Por agora, é apenas um homem ao serviço da corte portuguesa. Banido de Lisboa, vive em exílio e trabalha para a única coisa que lhe importa: Os Lusíadas. Em forma de poema épico baseado na Odisseia de Homero, ele traça uma viagem pelo tempo, examinando a heroica história dos descobrimentos portugueses.
ERROS MEUS
Jorge Cramez | POR | 2000 | 15'
Baseado numa obra de Jorge de Sena, ""Erros Meus"" mostra Camões, na velhice, como um homem doente, sifilítico, praticamente incapaz de se movimentar, de tomar conta de si próprio, de suportar as dores que o achacam (é a mãe que cuida dele). Sofre da nostalgia da sua juventude e da debilidade física em que se encontra. Constantemente atormentado pelos credores, por gente que lhe encomenda trabalhos de que nem sempre gosta, mas que tem de aceitar por subsistência, perseguido pela loquacidade desconcertante da mãe, pela doença, pela recordação das venturas e deboches do passado, suporta e cala. Mas quando se encontra sozinho no silêncio da noite, há uma voz sobrenatural que fala de dentro dele e dita imperiosamente.
O VELHO DO RESTELO
Manoel de Oliveira | POR, FRA | 2014 | 19'
O filme final de Manoel de Oliveira é um mergulho livre e desesperançado na História tal qual como ela é escrita, como um sedimento fértil, na memória de Manoel de Oliveira. Oliveira reúne num banco do século XXI Don Quixote, o poeta Luís Vaz de Camões, e os escritores Teixeira de Pascoaes e Camilo Castelo Branco. Em conjunto, levados pelos movimentos telúricos do pensamento, eles derivam entre o passado e o presente, derrotas e glórias, vacuidade e alienação, em busca da inacessível estrela.
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Quarta sessão do ciclo de cinema e conversas Re-Camões, que propõe uma série de releituras cinematográficas de Luís de Camões, por ocasião das celebrações do 500º aniversário do seu nascimento. A sessão contará com a projeção das curtas-metragens Taprobana (2014) de Gabriel Abrantes, Erros Meus (2000) de Jorge Cramez, e O Velho do Restelo (2014) de Manoel de Oliveira, seguida de uma conversa entre Ricardo Nicolau, curador e adjunto da direção do Museu de Serralves, e António Preto, diretor da Casa do Cinema Manoel de Oliveira.
TAPROBANA
Gabriel Abrantes | POR, SRI, DEN, FRA | 2014 | 24'
Taprobana, actual Sri-Lanka, em finais do século XVI. A maior ilha do Oceano Índico é uma colónia portuguesa. Um elefante delicia-se na água. Ele ergue-se e baixa-se com prazer, todo ele mergulhado, bufando. Um homem aprecia uma mulher. Fazem amor a céu aberto. Quando o homem atinge o seu clímax, o elefante saí da água. O homem é Luís Vaz de Camões, poeta português e mais tarde, herói nacional. Por agora, é apenas um homem ao serviço da corte portuguesa. Banido de Lisboa, vive em exílio e trabalha para a única coisa que lhe importa: Os Lusíadas. Em forma de poema épico baseado na Odisseia de Homero, ele traça uma viagem pelo tempo, examinando a heroica história dos descobrimentos portugueses.
ERROS MEUS
Jorge Cramez | POR | 2000 | 15'
Baseado numa obra de Jorge de Sena, ""Erros Meus"" mostra Camões, na velhice, como um homem doente, sifilítico, praticamente incapaz de se movimentar, de tomar conta de si próprio, de suportar as dores que o achacam (é a mãe que cuida dele). Sofre da nostalgia da sua juventude e da debilidade física em que se encontra. Constantemente atormentado pelos credores, por gente que lhe encomenda trabalhos de que nem sempre gosta, mas que tem de aceitar por subsistência, perseguido pela loquacidade desconcertante da mãe, pela doença, pela recordação das venturas e deboches do passado, suporta e cala. Mas quando se encontra sozinho no silêncio da noite, há uma voz sobrenatural que fala de dentro dele e dita imperiosamente.
O VELHO DO RESTELO
Manoel de Oliveira | POR, FRA | 2014 | 19'
O filme final de Manoel de Oliveira é um mergulho livre e desesperançado na História tal qual como ela é escrita, como um sedimento fértil, na memória de Manoel de Oliveira. Oliveira reúne num banco do século XXI Don Quixote, o poeta Luís Vaz de Camões, e os escritores Teixeira de Pascoaes e Camilo Castelo Branco. Em conjunto, levados pelos movimentos telúricos do pensamento, eles derivam entre o passado e o presente, derrotas e glórias, vacuidade e alienação, em busca da inacessível estrela.
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